terça-feira, 15 de julho de 2008

SILÊNCIO, ESTÁ NUM HOSPITAL…


Devido a um problema que tinha na “canalização” tive que estar ausente de casa (e dos meus) durante uns diazinhos, razão porque a periodicidade das crónicas não foi seguida regularmente. Recordo que já se verificaram outras interrupções em Novembro 2007 (Guiné-Bissau), Janeiro e Fevereiro (Cuba) e Março (Brasil), todas por razões muito mais agradáveis.

A todos os meus fiéis adeptos peço desculpa por este pequeno interregno, mas nós não temos a saúde nas mãos e, por vezes, acontece o impensável.

O assunto está, para já solucionado, e, a partir de amanhã voltará tudo a normalidade, pese embora tenha que fazer algumas adaptações a calendarização programada, pois uma pessoa organizada é assim…

Contudo, este espaço de tempo em que estive em tratamento no Hospital de Santa Maria, onde entrei no passado sábado pelas 18H45 e saí hoje pelas 12H30, merecem-me algumas considerações que não deixo de expressar.

Em todas as áreas profissionais existem escalões de eficiência, de qualidade, de categoria, tais como: MAU, SUFICIENTE, REGULAR, BOM E EXCELENTE.

Pois bem, apanhei de tudo! Mas terei de destacar que quanto mais o pessoal é menos qualificado mais próximo está da primeira referência.

Quem manda deve investir na formação da qualificação dos trabalhadores da saúde, pois um doente não é um objecto, não é um número e muito menos uma coisa. Para além de ter os seus problemas também, por vezes, lhe são colocados outros, por terceiros, para os quais nada contribuiu. Humildade, esmero e humanidade são valores que algumas pessoas que trabalham na área não praticam! Felizmente uma minoria.
Custa muito a quem está debilitado, ser tratado de forma inadequada por alguém que usa a velha tríade: eu é que quero, eu é que posso, eu é que mando!

Agora estruturalmente:
-Como é possível que não haja ninguém que analise que colocar aparelhos, compressores e outros motores de grande porte junto às enfermarias incomodam os doentes durante as 24 horas do dia com o barulho que produzem? As máquinas hospitalares devem estar num parque, longe dos locais habitacionais, principalmente onde há doentes…
-Como é possível que não estejam colocados em todas as dependências, onde hajam doentes, cartazes com a mensagem do título deste trabalho? Seja a que horas forem do período de silêncio, as conversas entre o pessoal quer nos corredores, quer nos quartos, têm sempre o mesmo alto tom de voz, as quais dão destaque aos assuntos pessoais, familiares, sem esquecer as risadas e outros sons incomodativos para os doentes que querem descansar e, por esse motivo, não podem.
-Por último, como é possível que não se cumpra a proibição de fumar dentro das instalações do Hospital? É que no serviço Medicina 2-C, (onde estive), tem uma sala (ilegal) para satisfazer o nefasto vício...

Por último, um profundo abraço de solidariedade aos meus bons e novos amigos Pietro (um luso-italiano da Chamusca) e Humberto (madeirense, do Funchal) companheiros que conheci não no melhor ambiente e nas melhores circunstâncias, como qualquer pessoa desejaria, mas aqui estou com muita convicção a dar-lhes um incentivo para que tenham muita força anímica e um forte espírito de sacrifício para superarem os seus problemas de saúde e retomarem os índices que já tiveram. A presença dos seus familiares e dos seus amigos são importantes para a desejável recuperação.

1 comentário:

Anónimo disse...

o bom dos Hospitais é a possibilidade excelente de deles se sair

RS