terça-feira, 2 de setembro de 2008

O PRESIDENTE DA ANAF VAI SER RECEBIDO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EM BRASÍLIA.

O Presidente da ANAF-Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, Jorge Paulo Oliveira Gomes, foi convidado a participar de audiência pública na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, destinada a proferir parecer ao Projecto de Lei nº 5.186. de 2005, do Poder Executivo, que "altera a Lei nº 9.615, de 24 de Março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências", mais conhecida pela Lei Pelé.

O Presidente da Comissão Especial, o Deputado Marcelo Guimarães Filho (PMDB/BA), ouvirá do representante da ANAF os principais pleitos da classe, especificamente no que se refere à profissionalização do árbitro de futebol, ao fim do sorteio para escolha de árbitros, ao destino de parte da receita dos jogos à organização da classe, ao direito de imagem e à autorização dos servidores públicos federais quando convocados para actuar em competições da Confederação Brasileira de Futebol.

Importante destacar que o Presidente da Comissão de Árbitros da CBF, Sérgio Corrêa da Silva, também foi convidado a participar da referida audiência pública, que ocorrerá amanhã, dia 3 (quarta-feira), às 14H00, no Anexo II da Câmara dos Deputados. Todos os árbitros associados da ANAF estão convidados para assistir à reunião.
Entretanto, fiz seguir as mensagens para os dois referidos responsáveis pela arbitragem brasileira:

-JORGE PAULO OLIVEIRA GOMES-

28.08.2008 – 21H16 e 21H37
Caro Presidente da ANAF,

Jorge Paulo Oliveira Gomes

Ao tomar conhecimento da missão que vai desempenhar proximamente perante a Comissão Especial da Câmara dos Deputados venho expressar a minha solidariedade e desejar que os problemas que têm afectado a arbitragem brasileira sejam rapidamente resolvidos a contento do sector que merece todo o apoio das entidades estatais para o cabal exercício da actividade dos seus agentes, que muito se esmeram e dignificam em sua defesa, sem esquecer o propósito da sua constante valorização.

Tudo o que os Árbitros e seus dirigentes têm feito é razão suficiente e forte para que a arbitragem brasileira seja considerada como sendo das melhores do mundo e não pode (nem deve) estar espartilhada no seu próprio país com leis inadequadas e despropositadas.

Espero, pois, que as conclusões sejam profícuas e que o velho anseio de terminar com o malfadado sorteio e outras incongruências venham ao encontro das aspirações dos princípios que regem a arbitragem do Brasil, como o respeito, tolerância, compreensão e espírito de servir o futebol.

Aquele abraço do

Alberto Helder


Que logo respondeu:

28.08.2008 – 23H28

Caríssimo amigo Alberto, (nome do meu querido avô):

É com muita satisfação que recebo suas palavras. Estamos lutando contra todos esses males que afligem a arbitragem brasileira. Estamos buscando forças de onde elas possam vir.

As suas sábias palavras definem muito bem o momento por qual passa a nossa arbitragem. Diga-se de passagem há muito tempo, mas vemos pouca mobilização para mudar as coisas.

Vou até onde Deus me der forças e esperanças para tentar mudar este quadro.
A luta é dura mas dignifica o nosso esforço.

Estamos com saudades da visita do amigo ao nosso meio. Mas nos alegra saber que todas as nossas notícias são lidas e vividas pelo amigo.

É um prazer muito grande falar com o amigo.
Fica com Deus e torça por nós.

Abraços.

Jorge Paulo e todos os árbitros brasileiros.

Para o Presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol, Sérgio Corrêa da Silva:

-SÉRGIO CORRÊA DA SILVA-
28.08.2008 – 21H29

Caro Sérgio

Tomei conhecimento que foi convidado para estar presente na sessão que a Comissão Especial da Câmara dos Deputados vai realizar com a ANAF, na expectativa de se analisar os problemas que afectam a arbitragem brasileira.

Aqui estou a manifestara a minha satisfação por tal acontecimento, recordando os passos que o Sérgio, ao longo de muitos anos percorreu, sem desfalecimentos ou desânimos, contributos esses que irão agora estar presentes e que, com toda a certeza, irão florir, erradicando o que está mal no sector.

Espero, pois, que a sua presença, os seus conselhos, a sua experiência, as suas sugestões ou propostas sejam consideradas para o apuramento final, ou seja, a continuidade da arbitragem brasileira nos mais altos patamares, considerada uma das melhores no planeta!

Aquele abraço do

Alberto Helder
Eis a sua resposta:
Caro Helder,
Agradeço suas gentis palavras de apoio e tens razão em relembrar os passos percorridos, mas como bem disse o presidente da ANAF, o Jorge Paulo, não é fácil trabalhar pela colectividade. As funções nas entidades são solitárias e dependem da vontade individual de cada integrante da comunidade.
Não se pode esmorecer e precisamos dos valentes, dos perseverantes, dos tenazes, enfim, daqueles que nada terão em troca, nem mesmo o reconhecimento no tempo certo... As pessoas demoram a enxergar os obstáculos vencidos, mas falam dos que faltam ser vencidos...

Saiba que o prezado amigo é um dos principais responsáveis por tudo isto, pois, em 2000, quando nos conhecemos por intermédio desta ferramenta (internet) trocamos muitas mensagens e, em 2004, ai estive, sendo recebido de forma tão elegante e gentil que me senti no Brasil.

A cada pergunta sua sobre o que gostaríamos de conhecer, o prezado não media esforços para atender. Trouxe da maravilhosa Lisboa e da querida APAF os documentos que seriam utilizados em 2006, na Federação Paulista de Futebol/SP e, em 2008, na Confederação Brasileira de Futebol – CBF.

Ainda recebemos criticas pela implantação da Classificação Nacional da Arbitragem, até mesmo de companheiros próximos, mas eles não sabem que sem tal estruturação levaríamos anos para desafogar a comissão de arbitragem de tantos Oficiais de Arbitragens que se julgam aptos a actuar na principal divisão do futebol brasileiro.

Em 2004, em Caldas Novas – GO pudemos retribuir um pouco do muito que recebemos. Lá assinou-se o protocolo de amizade que deve estar engavetado, mas ele existe e, um dia, será aproveitado como deve.

Obrigado por tudo, desculpe a extensão da resposta, mas não poderia deixar de registrar sua importância neste processo. Agradeço ao Vitor Reis, ao Vitor Pereira, António Sérgio, Mário Real e sua gentil Esposa, D. Lurdes e tantos outros.

Por derradeiro, todo dirigente de arbitragem deveria conhecer a sede da APAF, pois somente assim poderão saber um pedaço do caminho a ser percorrido.
Um grande abraço nos amigos de além-mar!
Sérgio Corrêa/Irinéa

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