terça-feira, 27 de abril de 2010

NAQUELE TEMPO (XXXII) ABRIL 1960

Do exemplar 34 de há cinquenta anos do boletim O ÁRBITRO, Órgão Oficial da Comissão Central, destacam-se os seguintes temas: Logo a abrir, na capa, uma saudação especial à nossa selecção de juniores pelo brilhante terceiro lugar conquistado no campeonato europeu realizado na Áustria, assim como o exemplar comportamento disciplinar que mantiveram do primeiro jogo até final. Com estes resultados, no ano seguinte, consagrar-se-ia campeão!
-Luís Gaspar-
Neste exemplar incentiva-se os Árbitros a contribuírem para a criação da sua biblioteca, que poderá ser com livros ou através de comparticipação monetária. O Regulamento prevê a atribuição de prémios aos dadores.-Vasco Rocha-
David Costa fala sobre o Relatório do Curso para Árbitros realizado em Macolin (Suiça) sob os auspícios da FIFA.
-Jacques Devillers-
As Regionais de Lisboa e de Vila Real informam, respectivamente, da abertura de novo curso para candidatos (Filipe Gameiro Pereira foi o seu director) e da tomada de posse do novo presidente da Comissão Distrial de Árbitros, António Salvador do Carmo, professor no Liceu local. Eduardo Gouveia, FIFA, foi convidado pelo programa radiofónico Vozes de Portugal e dá conta da sua agradável experiência. Mariano Sabino dos Santos, de Portalegre, escreve um episódio humorístico com o título Onde está o guarda-redes? Luís Gaspar, antigo colega lisboeta, foi a figura escolhida para a rubrica Galeria do Passado. Pessoa muito considerada no meio, pelo seu valor, viu-se obrigado a terminar a carreira aos 33 anos de idade quando, em 1940 ano em que se iniciaram as inspecções médicas aos agentes da arbitragem, foi reprovado sem qualquer explicação. Dedicou-se ao dirigismo.

O Dr. Mesquita Guimarães aborda a Breve História da Medicina Desportiva e Carmo Lourenço, aponta que Criticar é fácil! De Lourenço Marques (hoje Maputo, capital de Moçambique), Rafael Rodrigues expõe Palestra Construtiva.

Na página Tem a palavra um jornalista Vasco Rocha afirma: …Que fiquem só os bons, os que estejam à altura de olvidar preferências clubistas no desempenho da sua missão!

O Árbitro da Comissão Distrital de Lisboa, José Vitorino dos Santos, faz um apelo com o texto dirigido Aos Senhores Treinadores.

O francês Jacques Devillers foi o preferido no destaque Um Árbitro Estrangeiro de mês a mês, que conta este caso pitoresco: Dias antes de dirigir uma final da Taça de França, arbitrou um desafio de jovens. Durante a primeira parte foi alvo de duras criticas pelos espectadores que até lhe chamaram velho a arbitrar garotos… Ao intervalo e dada a gravidade da situação, os altifalantes anunciaram que estava nomeado para o tal importante jogo. A sua reentrada no rectângulo foi sublinhada com aplausos vibrantes. Coisas…

O título Retalhos de Críticas continua a expor as muitas maleitas de que a Comunicação Social é fértil, principalmente a disparidade de critérios existente entre jornalistas que estão a ver o mesmo jogo e opinam com flagrante irresponsabilidade. Outros dois casos: Pedro Rocha (jornal Mundo Desportivo) comenta, em simultâneo, dois jogos realizados no mesmo dia e à mesma hora, em estádios cuja distância entre si são 268 quilómetros (Montijo-Farense e Olhanense-Barreirense). O seu colega Carlos Barquinha (jornal Diário Popular) também fez o mesmo “trabalho” nos desafios Leixões-Lusitano e Salgueiros-Peniche, mas só com 9 quilómetros de separação! Coisas…

Ramos Cavaleiro volta a opinar sobre a Preparação Física do Árbitro.

Na Tribuna do Árbitro, Manuel Roldão Fernandes, de Monte Real, coloca uma questão relacionada com a marcação de grande penalidade em tempo normal de jogo e com a entrada de defensor na área de grande penalidade. É-lhe dada a devida resposta.

Agenda do Árbitro dá conta de viagens, falecimentos, nascimento, pedido de demissão, saudações pascais, nomeações, visitas, comemorações, enfim, notícias do continente e de África e Ásia, sempre importantes para quem, onde quer que esteja, tem de estar informado do quotidiano.

Por fim, no Apitadelas, dos sete temas abordados e desenvolvidos vem à baila a celeuma levantada com a escolha do Árbitro para um Benfica-Sporting, a ponto de se alvitrar a vinda de um trio estrangeiro de reconhecida categoria para dirigir a partida…
E então os nossos? Coisas…

1 comentário:

Anónimo disse...

intiresno muito, obrigado