domingo, 1 de fevereiro de 2015

NAQUELE TEMPO – FEVEREIRO DE 1965 – EPISÓDIO 90





No boletim “O Árbitro” nº 92 (Ano VIII), publicado há cinco décadas, os assuntos que mereceram atenção foram os seguintes:
Neste número foram patenteados alguns anúncios publicitários dos quais destacamos o da Vigormalte que afirmava:
“Serve o jovem atleta e convém ao veterano. Dá força, saúde e vigor”
O problema arbitral, os recursos, os protestos do público, não são coisas de hoje. Noutros tempos existiram e possivelmente com idêntica gravidade, ainda que com menor ressonância, pela simples razão de que o futebol não tinha alcançado o seu volume actual. Não se pode esquecer que não é o mesmo público que se conta por dezenas de milhares que aquele que se restringia a escassas centenas. Tão pouco é a mesma coisa os jornais dedicarem meia dúzia de linhas aos jogos, como outrora acontecia, ou encherem páginas e páginas de informação desportiva como ocorre agora. Não obstante, parece que muitos se empenharam em fazer crer que só os Árbitros têm culpa do ambiente de nervosismo que impera no nosso futebol. E assim não está certo!
É possível que sem isto talvez o futebol não tivesse chegado a ser o que é, se a paixão do público não tivesse revolucionado o actual panorama, mas é fora de todas as dúvidas que quando essa paixão transborda se transforma no mais temível inimigo do futebol. Pois bem: quem pode pretender estar vacinado contra tudo isto? Poucos ou quase nenhuns. Quem está metido dentro do futebol, com maior ou menor intensidade, não pode fugir a casos em que o seu coração, vale mais do que o espírito de justiça e imparcialidade que possa alardear. Tudo isto seria normal e admissível se a desmedida paixão não toldasse a vista ou os óculos de cores não impusessem uma visão dialéctica.
Quem acompanha a actuação dos clubes em todos os seus aspectos, chegará à conclusão de que, com escassas diferenças de matiz, os públicos, os dirigentes, os jogadores e os técnicos são muito parecidos nas suas reacções, quando têm de apreciar determinado facto. Não são de agora os depoimentos antagónicos acerca de uma grande penalidade. Clama-se quando não se marca, contesta-se quando se assinala. Por isso se verifica que são contraditórios os pareceres. Não são de agora as manifestações irreflectidas e despropositadas dos delegados, nem têm época, nem exclusivismo as invasões dos terrenos. Tudo isto é corolário de um futebol. Reacções imprudentes ao regressar de um encontro referentes ao facciosismo de um público ou a actuação de um Árbitro são “preparativos” para uma retribuição que se pretende lhes seja depois favorável. Com estas dificuldades, assim como as diferentes interpretações que os factos mereceram à Imprensa local e à visitante, terão que se enfrentar os Árbitros e não podem a elas permanecer indiferentes as entidades superiores do futebol. Por isso não será desajustado afirmar que andamos metidos num círculo vicioso determinado pelo medo e pelas pressões exteriores e que a saúde do desporto-rei só poderá surgir quando um remédio eficaz curar as feridas que afectam o futebol dos nossos dias.
Agora culpar os Árbitros, tornando-os únicos responsáveis, é uma forma cómoda e fácil, ainda que pouco justa, de disfarçar males mais profundos. É que no meio disto tudo há outros factores…
1.Encontram-se de luto os seguintes filiados: Fernando Assunção Aragão, de Lisboa, pelo falecimento do seu irmão; Virgílio Antunes Leitão, de Lisboa, seu sogro; João Francisco Esteves, de Viseu, seu sogro; Adriano Lopes Soares, de Viseu, seu pai; Artur Alves, dirigente da Comissão Distrital do Porto, seu tio.
2.Saúda-se o jornal A Bola pelo seu vigésimo aniversário.
3.Regressou da Guiné-Bissau o Árbitro Leonel Rosa dos Santos, assim como Fernando Manuel Santos Sousa, de Angola.
4.Os novos dirigentes da Associação de Futebol de Lisboa tomaram posse e o Boletim O Árbitro marcou presença.
5.Joaquim do Espírito Santo Aldrabinha, de Elvas, vai seguir para África.
6.Alberto Telesforo, do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol do Funchal, transferiu-se para Lisboa.
7.O Árbitro Aníbal da Silva Marques Ferreira de Aveiro acaba de pedir a exoneração de funções.
8.Encontram-se em França a actuar em jogos de amadores os lisboetas Júlio Alfacinha da Silva e Mário dos Santos Caetano.
9.Faleceu o Árbitro leiriense Américo dos Santos.
10.O Instituto Nacional de Trabalho de Viseu solicitou à Comissão Distrital da cidade a nomeação de Árbitros para dirigirem jogos do campeonato corporativo.
11.O Secretário da Comissão Distrital de Beja, Armando do Nascimento vai em comissão de serviço para a Ilha da Madeira, bem assim o Árbitro do Porto, Joaquim da Silva Ferreira, para a Alemanha.
12.Salvador Garcia esteve nos Açores onde actuou nos jogos Lusitânia-Angrense e Micaelense-Santa Clara.
1.”Novas perspectivas para a arbitragem”, transcrição da entrevista dada por Augusto Marques Bom, antigo dirigente da Comissão Central, ao jornal “Voz Desportiva”, de Coimbra.
2.”A finta na execução da grande penalidade”, do Tratado Ilustrado de Leis do Futebol.
3.”Miscelânia Arbitral”, de Filipe Gameiro Pereira.
4.”Da sua lei e sua interpretação”, assinado por Joaquim Caixeiro.
5.Manuel Maria Amorim Ferreira da Costa, desenvolve o tema “Ponderação, Equilíbrio e Senso”.
1.Curioso cartão de Boas-Festas - O discutido jogador internacional Jimmy Greaves, que alinha no Tottenham, recebeu um cartão na época de Natal com a seguinte mensagem: “Ao melhor extremo esquerdo do Mundo!”. Ao ler o elogio, comentou: “È de facto uma pena que sempre tenha jogado a extremo direito. Por isso apenas me cumpre endereçá-lo a Johny Haynes, que é o meu colega que alinha nesse lugar”.
2.A esperteza de um Árbitro britânico – Por ter perdido o comboio para a localidade onde ia actuar tomou outra composição que não parava no seu destino, mas ao aproximar-se da estação onde queria descer accionou o alarme e, naturalmente, houve paragem forçada. Saltou do comboio e lá foi a sua vida a tempo de dirigir a partida. Por este sarilho recebeu um aviso. Mas safou-se…
3.O Manchester United protestou junto da Federação Inglesa as declarações do Árbitro Peter Rhodes que comentou no “Daily Mail” a expulsão do célebre Dennis Law, que mereceu um castigo de quatro jogos. A queixa fundamenta-se na atitude do juiz de campo que não respeitou o código do silêncio, ao contrário do que sucedeu com o jogador e o clube, que não prestaram quaisquer depoimentos sobre o caso.
4.O futebol, a religião e a indisciplina – Na Escócia, durante o jogo Rangers-Celtic, realizado no dia de ano novo, foram presos dezanove furiosos que ficaram retidos na esquadra por quatro dias. A acusação pendeu sobre dezoito que foram acusados de desordem pública e um por atacar a Polícia. Para o referido jogo o destacamento policial atingiu os 500 agentes, pois este tradicional encontro a rivalidade e a religião estão de mãos dadas, visto que os partidários do Rangers são protestantes e os do adversário católicos. Os vândalos deste último agrupamento tentaram voltar uma ambulância só porque estava pintada de azul, a cor preferida dos oponentes…    
5.Os futebolistas ingleses tomaram a iniciativa de se reunirem com os dirigentes da arbitragem do seu país no intuito de formar uma plataforma de compreensão, harmonia e disciplina nos rectângulos de jogo. Eis algumas das medidas assumidas: Jogadores, resolvam pontapear só a bola.
Dêem ao jogo cem por cento de esforço e dedicação. Lembrem-se que uma das vossas principais obrigações é proporcionar espectáculos agradáveis ao público. Árbitros, Resolvam ser um pouco mais humanos, um pouco mais compreensíveis. Deixem que a discrição e o livro das leis sejam o vosso guia. Treinadores, Encorajem os vosso jogadores para produzirem um futebol atraente e atacante. Adoptem as táctica defensivas apenas em último recurso. Espectadores, Defendam o futebol pelo amor ao futebol. Aceitem desportivamente as decisões contra a vossa equipa. Acima de tudo abstenham-se de atirar objectos para o campo.
Este espaço, da responsabilidade do saudoso Mestre Francisco Guerra, deu destaque ao jantar convívio entre Árbitros, acontecimento que não se verificava há uns bons anos. A ideia foi da Comissão Distrital que conseguiu reunir uma centena de filiados, dirigentes, técnicos, comunicação social. Também se dá conta do ponto de situação quanto às provas a que os candidatos do curso de iniciação que está a decorrer estão a ser submetidos (escrita, oral, física e de campo). Por fim, uma nota no sentido de demover os dirigentes da arbitragem do Porto de se demitirem, pois gente que faz é necessária ao sector, como é o caso destes elementos.
1.ANEDOTA - Era um Árbitro de extraordinárias qualidades. Tinha uma calma impressionante. Impunha a sua autoridade. Não admitia réplicas. A sua imparcialidade era por todos conhecida e elogiada. Acompanhava perfeitamente o jogo. Tinha uma cultura acima da média. Aplicava as leis do jogo correctamente. Não se deixava influenciar por ambientes hostis. Usufruía do respeito dos seus dirigentes e colegas. PS-O seu funeral realiza-se amanhã…
2.Alguns consagrados do futebol mundial, casos de jogadores e treinadores, foram alvo de sanções por infracções disciplinares. Pergunta-se: Quem será capaz de atalhar as incorrecções de tais personalidades que não dignificam a profissão que lhes dá de comer?  
3.O jornal catalão “Mundo Desportivo” procedeu a um inquérito sobre a abolição da regra do fora de jogo e recebeu inúmeras respostas das quais destaca a seguinte dum treinador da divisão principal espanhola: Acabar com o “off-side” é a mesma coisa do que arranjar comida e esquecer-se de lhe pôr sal ou então começar-se a ler uma novela policial pelo fim para saber quem mata o principal protagonista…
4.Singular coincidência: No sul de Espanha pai e filho passeavam nuns terrenos onde há mais de vinte anos tinha existido um campo de futebol. O pai encontrou uma moeda que tinha perdido quando arbitrava um jogo de futebol…
5.Algumas graças: Como havia tantos clubes a recusarem aquele Árbitro a mulher rejeitou-o também.
6.Num jogo entre canibais no final o Árbitro é comido. Nos outros é logo ao principio…
7.Se um jogo se disputasse em silêncio seria o mesmo que assistir ao funeral do futebol.
8.Os jogadores nunca podem dizer: “desta água não beberei!”, já que os massagistas os fazem ingerir à força.
Manuel Maria Amorim Ferreira da Costa, autor desta rubrica, dá conta do seguinte:
1.Os países Sul-americanos preferem Árbitros europeus nas eliminatórias a contar para os mundiais, o que ocasionou forte contestação por parte dos juízes daqueles países pois não se consideram inferiores aos seus colegas, nem tão pouco à categoria do futebol onde actuam.
2.Stanley Matthews, na imagem de cima, o prestigioso e célebre jogador inglês vai terminar a sua carreira e será distinguido com o título de “Sir” e o seu nome inscrito como Comendador da Ordem do Império Britânico. Uma das facetas da sua longa e brilhante carreira é o facto de nunca ter sido castigado, nem tão pouco advertido, acatando sempre correctamente as decisões dos Árbitros, adiantando, até, o seguinte comentário: “Devem respeitar-se sempre as ordens do director da partida. Protestar não só é anti-desportivo como ainda contraproducente.
3.Duas jovens jogadores, uma de 18 e outra de dezassete anos de idade, envolveram-se em confrontos o que obrigou o Árbitro a dar o jogo por concluído três minutos antes do seu termo.
4.Mister Denis Howell [04.09.1923/19.04.1998], na foto, Árbitro inglês chegou a ocupar de destaque no Governo do seu país, com a graça de ter sido baptizado de várias formas conforme o tempo se verificava. Assim, foi Ministro da Seca, das Chuvas e da Neve.
5.Registe-se a circunstância da romena Dorena Pacuraru e da espanhola Amélia del Castillo serem treinadoras e, assim, revolucionarem o futuro das tácticas futebolísticas.
6.Notícias: Um curioso inglês conseguiu medir a velocidade inicial de um potente pontapé a partir da marca da grande penalidade: 180 quilómetros /hora.
7.Armando Nunes Castanheira da Rosa Marques [06.02.1930/16.07.2014], na foto, por muitos tratado carinhosamente por “Armandinho”, genial Árbitro brasileiro recebeu proposta da Federação do Rio de Janeiro para actuar nas suas competições pelo elevado valor de 16 mil por mês. Contudo a Federação Paulista queria-o nas suas provas dando-lhe o dobro. Dado estar já comprometido fica no ar o que de muito se pagava no Brasil!
8.O “Sunday Express” contratou 3 ex-jogadores de futebol como jornalistas, casos de Stanley Matthews, James Conolly e Dennis Comptom.
1.Dois clubes, o Deportivo da Corunha e o Murcia rejeitaram nos seus jogos, respectivamente, Mariano Medina Iglésias (Astúrias) e Adolfo Bueno Perales (Saragoça), por, segundo a versão daqueles agrupamentos, terem tido participações menos conseguidas, o que provocou a ira dos seus adeptos com actos inqualificáveis.
2.O Comité Nacional de competições espanhol manifestou o seu descontentamento e repudio pelos factos que atingiram os Árbitros anteriormente mencionados, desejando que os espectadores prevaricadores, sejam severamente punidos pelos actos praticados.        
3.Registe-se este comentário produzido por um jornalista, transcrito em “El Árbitro”, o órgão dos colegiados do país vizinho: “O juiz de campo não esteve mal. Também não esteve bem. A sua classificação poderá ser considerada como notável...” Enfim…
4.Destaque-se que Pedro Escartín Móran, Árbitro jubilado internacional, na imagem, membro da Comissão de Regras da FIFA e jornalista está ao serviço da arbitragem mundial há 25 anos!
1.Por se tornar mais fácil a cobrança das assinaturas do Boletim “O Árbitro” a Comissão Central determinou que sejam as Comissões Distritais a terem tal incumbência, não sem antes apelar ao acostumado bom acolhimento por parte dos interessados.
2.Novos Árbitros em Lisboa: Albano Henriques, António Almeida Torres, Carlos Alberto da Cunha e Silva, Fernando da Costa Jorge, José Valente dos Santos, Manuel Silvino de Sousa e Raul Gomes Ferreira.
3.Está definitivamente assente que será um Árbitro metropolitano que irá dirigir os jogos da eliminatória da Taça de Portugal, entre Cabo Verde e Guiné-Bissau, ficando as despesas com a deslocação repartidas pela Federação e Comissão Central, sendo o restante (estadia, prémios e demais encargos), suportado pelas Associções locais.
4.Dada a aproximação do inicio dos campeonatos nacionais da terceira divisão e de juniores, a Comissão Central solicita às suas subordinadas que lhe enviem lista com os nomes dos filiados que irão actuar como auxiliares dos juízes nomeados para dirigirem aquelas partidas, todos eles do quadro nacional.
5.O sr. Luís Anacleto Pinto é o delegado da Comissão Central junto da Comissão executiva da Federação, face à sua muita capacidade e larga experiência.
Alberto Costa, jornalista do “Tribuna” de Lourenço Marques [actualmente Maputo], Moçambique faz curiosas comparações quanto ao que são as funções deste importante elemento de uma equipa de futebol e o que a lei, legislação e determinações consagram, ao ponto de referir que o líder tem o privilégio de escolher o campo de jogo, dirigir os seus colegas de equipa, assinar o boletim de jogo [como era usual], mas já não pode actuar quando, as recomendações de então diziam: logo que o Árbitro tome uma decisão, jogador algum se lhe pode dirigir ainda mesmo que seja o capitão de equipa.   
Três interessantes questões:
1.Na execução de uma grande penalidade a bola é tocada para a frente e percorre uma distância superior a um metro. De fora da área de grande penalidade e atrás da linha da bola, corre um colega do executante e faz golo. Válido ou não?
2.Antes do inicio de um desafio dois jogadores adversários agridem-se e são expulsos. O juiz assumiu começar o jogo executando uma bola ao solo e com as equipas reduzidas a dez jogadores cada. Decisão certa ou errada? 
3.O guarda-redes com o jogo a decorrer e dentro da sua área de jurisdição tem a bola nas mãos, mas incomodado de muito perto por adversário, atira o esférico à cara do referido oponente. O Árbitro expulsa o agressor e assinala pontapé de grande penalidade contra a equipa do guarda-redes, recomeçando o jogo de harmonia com a lei. O delegado dessa equipa no final do jogo protesta o resultado do jogo alegando que o Árbitro cometeu erro técnico. Está de acordo?
Pela sua importância, achou-se por bem, naquela altura, adiantar algumas informações úteis, como aquelas que a seguir se reproduzem:
1.Substituições de jogadores. Em seniores: Campeonatos nacionais, só a do guarda-redes em caso de lesão. Campeonatos distritais, o guarda-redes uma vez, em qualquer altura do encontro e de um outro jogador, antes do fim da primeira parte. Esta última regra é aplicada na categoria de juniores, quer nos campeonatos nacionais ou distritais. Em principiantes, é permitida a substituição de três jogadores, sem distinção de lugares, em qualquer altura do encontro.
2.Equipamentos: Quando ambas as equipas utilizarem equipamento de cores semelhantes ou que não permita fácil destrinça deverá mudar de vestuário o clube visitado. Se a partida tiver lugar em espaço neutro mudará o clube mais novo.
Várias personalidades ligadas ao fenómeno do desporto-rei deram o seu valioso testemunho a tão importante obra, em boa hora lançada, pelo saudoso Prof. António Marques Matos, o número um na matéria, cuja referência já aqui foi divulgada e que poderá ser vista em:
Eis algumas das opiniões: 
1.Comissão Central de Árbitros: Expressa as mais vivas felicitações por tamanho e valioso trabalho.
2.Dr. Aurélio Martins, representante em Portugal da Confederação Brasileira de Desportos: Na falta de bibliografia desportiva em língua portuguesa este livro só por si justifica plenamente o romantismo: Poucas coisas mas boas!
3.Stanley Rous, presidente da FIFA: Para além de manifestar o seu regozijo dá conta que um exemplar do livro foi presente à Comissão de Arbitragem da FIFA, na sua reunião de 6 de Dezembro de 1964, realizada em Roma, tendo merecido de todos os presentes o título de uma obra monumental!
4.Saverio Giulini, presidente do Settore Arbitrale da Federação Italiana de Giogo Calcio: Do volume que lemos vamos tirar dele todos os elementos que possam ser considerados também de utilidade para as nossas futuras publicações.
5.Dr. David Sequerra, jornalista desportivo: É para mim um dever mostrar-me grato, como adepto do futebol, pelo modo prestigioso como trata dos problemas de arbitragem. O seu exemplo de tenacidade e visão ampla é algo que não esquece e bem pode servir de paradigma a outras inicitivas que estão por tomar, no nosso estranho país.
6.Adriano Peixoto, jornalista desportivo e primeiro seleccionador nacional de juniores: O equilíbrio de observação e de exposição, a segurança pedagógica que transmite especial autoridade a esta obra, tornam-na irrecusavelmente, das mais valiosas da nossa bibliografia desportiva.
7.David Costa, técnico de arbitragem: Sem lisonja, considero o trabalho de V. Exª monumental e de uma utilidade para o ensino e estudo sem limites e muito difícil, senão impossível de ser igualado.
Joaquim Campos, sempre ele, sendo o responsável por mais este espacejo, diz:
1.Peter Roomer, o Árbitro holandês que esteve no recente Portugal-Espanha, exibiu no Estádio das Antas dois pormenores: a sua propensão para jogar a bola, manifestada no alarde de domínio do esférico no intervalo e na forma habilidosa como se apoderou da bola no final da partida, agarrando-a primeiramente e só depois é que apitou para terminar o desafio. Viemos a saber que, graças a esta sua metodologia, tem em seu poder cerca de duas dezenas de bolas na sua colecção…
2.Do Faial (Horta) veio a notícia de que a segunda jornada do campeonato local não se realizou por falta de juízes. Contudo, nas comemorações do 56º aniversário do Faial Sport Clube no jogo em defrontaram o Sporting local, foram dois Árbitros que dirigiram a partida (um em cada meio campo), ajudados, ainda, com dois colegas que exerceram as funções de fiscais de linha [hoje Árbitros Assistentes].
3. Exterioriza o seu agrado pela colaboração do seu colega internacional Francisco Guerra no Boletim O Árbitro, o que se verifica já a partir deste número.
4.Teve que assistir a um jogo da nossa selecção junto dos seus responsáveis e, para seu espanto, ouviu brados do técnico que liderava a equipa, do género: “Vamos jogar duro nesse defesa!”. “Se passa a bola não passa o homem!.” Comenta, Joaquim Campos, dizendo: E depois não se esqueçam de dizer que a crise é da arbitragem!
Virgílio Leitão, dirigente da Comissão Distrital de Lisboa vê-se na foto a falar aos candidatos num curso em Lisboa.
Resultado do exercício de 1964
EQUIPAS DE ARBITRAGEM
1.No jogo de qualificação para o Mundial 1966-Inglaterra, defrontaram-se no dia 24 de Janeiro de 1965, no Estádio Nacional, as selecções de Portugal e da Turquia, cujo resultado final foi-nos favorável (5-1), a equipa de arbitragem espanhola foi assim constituída: Juan Gardeazabal Garay (n. 27.11.1923/f. 21.12.1969), José Segrelles del Pilar (15.08.1929/21.03.2013) e Narciso Barrenechea de Miguel (1926/17.11.1970).
EQUIPA DA COMISSÃO DISTRITAL DE ÉVORA
Manuel Peres, 45 anos de idade e é empregado de escritório. Há quinze anos que principiou a arbitrar jogos de futebol e cinco temporadas depois estava nos nacionais.
José Madeira da Rocha, conta com 48 anos de idade e é torneio mecânico. Iniciou-se em 1947 e em 1957 faz parte do quadro federativo.
Joaquim José Magro, é funcionário público e tem 32 anos. Começou em 1956/1957 e, em dois anos, atingiu o quadro nacional.
EQUIPA DA COMISSÃO DISTRITAL DE LISBOA
António Carrola, Nasceu há 40 anos em Salgueiro, Fundão. Fez exame em 30 de Maio de 1955, começando a actuar em 27 de Junho. Na época 1961/1962 ingressou nos quadros nacionais.
 Joaquim Campos, Tem 40 anos e é natural de Miranda do Corvo. Foi examinado em 17 de Junho de 1945 e foi chamado em 4 de Setembro para exercer a função. No ano de 1949 foi indicado para os quadros nacionais e, em 1954, para o quadro internacional. Foi-lhe concedida a insígnia FIFA há duas temporadas por ter dirigido seis jogos entre selecções A.
Adelino Antunes, é natural de Torres Novas, onde nasceu em 15 de Março de 1933. Fez exame em 17 de Abril de 1955 e iniciou-se na actividade em 17 de Março de 1957. Pertence aos quadros da Comissão Central desde 1962/1963.
EQUIPA DA COMISSÃO DISTRITAL DE VILA REAL
José Neto Melo, conta 36 anos de idade e é natural de Freamunde. Árbitro desde Outubro de 1956. É industrial e ascendeu aos quadros nacionais em Janeiro de 1959
Henrique Silva, empregado de escritório, natural de Bragança. Foi aprovado em 15 de Agosto de 1949 e arbitrou pela primeira vez em 28 de Outubro desse ano. Em 1957 foi indicado à Federação.
Adão de Barros, tem 36 anos de idade e é natural de Marco de Canavezes. 

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